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O sistema de aterramento foi necessário visto que todas as áreas
de terra firme das ilhas foram ocupadas e a cidade precisava crescer. A
saída foi então avançar sobre as águas que separavam as ilhas.
Veja abaixo o passo a passo de como eram
feitos os aterros:
1. Os novos limites foram traçados a partir de pilares de madeira.
Eles tinham de 3 a 4,5 metros de comprimento e eram fincados no caranto,
camada subterrânea de argila compactada. Os milhares de pilares
enterrados e submersos até hoje ficam completamente sob a água. Sem
contato com o ar atmosférico, eles não apodrecem
2. Tábuas de madeira colocadas em cima dos pilares serviam de apoio
para blocos de pedras calcárias, extraídas de Ístria (atual território
da Croácia). O fundamento de pedra barrava a passagem da água,
possibilitando o posterior depósito de terra - extraída do fundo da
lagoa - entre essa barragem e a ilha
3. Quando a terra chegava ao topo da barragem (pouco acima da água),
paredes de tijolos eram erguidas, estabelecendo os novos limites da
ilha. Dessa forma, surgiram canais estreitos entre as ilhas e passarelas
foram construídas para conectar uma a outra. Mesmo assim, os barcos
continuavam a ser o principal meio de locomoção
Veneza permaneceu por séculos sob
tutela do Império Bizantino. Ela estava inicialmente na fronteira com o
Império Bizantino, funcionando como um centro de comércio e embarque de
produtos através das lagunas e rios, sendo, então, um importante ponto
de distribuição de mercadorias provenientes da Ásia. No século 7, aquela região passou a ser chamada de Sereníssima República
de Veneza– típico nome dado às repúblicas europeias consideradas soberanas na época.
Nas
primeiras décadas do século VIII, a população das lagoas elegeu seu
primeiro líder, Orso Ipato, que foi confirmado por Bizâncio e recebeu os
títulos de hypatus e Doge (duque). Ele foi o primeiro
Doge de Veneza segundo a história tradicional. As ilhas fizeram parte
do Império Bizantino até o início do século 9, quando Veneza tornou-se
independente.
O mar era a única riqueza da cidade, e foi pelo mar
que partiram em busca das grandes rotas comerciais. Em 991 Veneza
assinou um acordo com os muçulmanos, iniciando um proveitoso comércio
com a Ásia.
Veneza tornou-se na porta de entrada da Europa das
grandes rotas comerciais que atravessavam a Ásia, sendo o ponto de
chegada da Rota da Seda, essa artéria onde pulsou o comércio medieval
entre o longínquo Catai (China) e a Europa, onde se cruzavam cristãos,
muçulmanos, judeus, chineses, mongóis, indianos, caravanas de camelos,
cavalos e elefantes, transportando seda, especiarias e pedras preciosas,
para além da cultura de todas as gentes e credos.
Expansão
No
século X, a cidade tornava-se uma potência marítima e comercial.
Estrategicamente localizada à beira do Mar Adriático, vizinha ao Império
Bizantino, possuía uma das maiores frotas navais da Europa, excelentes
navegadores e poderio militar.
A República de Veneza por volta do ano 1000. |
Após
o ano 1000, Veneza intensificou sua força naval, consolidando seu papel
de intermediária entre a Ásia e a Europa. Expulsou os piratas que
ocupavam a costa da Ístria e manteve a região sob seu domínio.
Na
Alta Idade Média, Veneza se tornou muito rica mediante seu controle do
comércio entre a Europa e o Levante, e começou a se expandir no Mar
Adriático e além. Veneza se envolveu nas Cruzadas quase desde o início:
200 navios venezianos ajudaram na captura das cidades costeiras da Síria
depois da Primeira Cruzada e, em 1123, garantiram autonomia virtual no
Reino de Jerusalém através do Pactum Warmundi. Em 1110, Ordelafo Faliero
comandou pessoalmente uma frota veneziana de 100 navios para assistir
Balduíno I de Jerusalém na captura da cidade de Sidon.
No século
XII, os venezianos também ganharam extensos privilégios comerciais no
Império Bizantino e seus navios amiúde forneciam ao império uma armada.
Em 1182, houve uma revolta antiocidental em Constantinopla, na qual os
venezianos foram o principal alvo.
A frota veneziana foi crucial
para o transporte da Quarta Cruzada, mas quando o cruzados não puderam
pagar os navios, o astuto e manipulativo Doge Henrique Dândolo
rapidamente explorou a situação e ofereceu transporte aos cruzados se
eles capturassem a cidade dálmata (cristã) de Zara (atual Zadar), que se
tinha rebelado contra Veneza em 1183, se posto sob proteção dual da
Santa Sé e do rei Emerico da Hungria e se tinha provado também bem
fortificada demais para Veneza retomá-la sozinha. Além de cumprir esta
condição, a cruzada foi de novo desviada para Constantinopla, a capital
do Império Bizantino, então outro rival de Veneza. A cidade foi
capturada e saqueada em 1204. O saque foi descrito como um dos mais
trágicos e lucrativos na História.
Os
venezianos, que escoltaram a frota cruzada, reivindicaram muito do
saque da cidade como pagamento, incluindo os famosos quatro cavalos de
bronze trazidos para adornar a basílica de São Marcos. Como resultado da
subsequente partição do Império Bizantino, Veneza ganhou alguns
territórios estratégicos no Mar Egeu, incluindo as ilhas de Creta e
Eubeia. As ilhas do Egeu (até então três-oitavos do Império Bizantino)
formaram o novo Ducado do Arquipélago, sob controle veneziano.
Durante
a Quarta Cruzada (1202-1204), Veneza adquiriu a posse das ilhas e das
localidades marítimas comercialmente mais importantes do Império
Bizantino. A conquista dos importantes portos de Corfu (1207) e de Creta
(1209), lhe garantiu um comércio que se estendia ao Oriente, e
alcançava a Síria e o Egito, pontos terminais do fluxo mercantil.
Como
cidade comercial, tinha várias feitorias e controlava várias rotas
comerciais no Levante. Eram suas feitorias cidades como Negroponto e
Dirraquium, assim como ilhas inteiras: Creta, Rodes, Cefalônia e Zante,
por exemplo. O historiador Fernand Braudel classificou-a como a primeira
capital econômica do Capitalismo.
Nos séculos XIII e XIV a
República de Veneza envolveu-se em guerras com Gênova, o seu principal
rival a nível comercial. Em 1295, Pietro Gradenigo enviou uma frota de
68 navios para atacar uma frota genovesa em Alexandretta, e uma outra
frota de 100 navios em 1299. De 1350 a 1381, Veneza combateu uma
intermitente guerra com Gênova. Inicialmente derrotada, Veneza destruiu a
frota genovesa na Batalha de Chioggia em 1380 e obteve uma proeminente
posição no comércio do Mediterrâneo oriental à custa do declínio de
Gênova.
Ao fim do século XIV, Veneza era a principal potência
mercantil do Mediterrâneo e um dos estados mais ricos da Europa. Veneza
controlava a totalidade do comércio entre o Ocidente e o Oriente. Ela
era a porta que permitia à Europa se comunicar com a Ásia. A única porta
entre os dois continentes.
Expandindo
seu domínio aos territórios circundantes, em torno de 1400 a República
de Veneza era um Estado, cujos confins se estendiam além daqueles da
antiga região romana, compreendendo parte da Lombardia, da Ístria, da
Dalmácia, e vários territórios no ultramar.
Depois da queda de
Bizâncio, os turcos otomanos tornaram-se num dos grandes rivais da
atividade comercial de Veneza. A derrota dos otoma
A República de Veneza em 1796.
nos em Gallipoli
(1416) lhe abriu as portas do Mediterrâneo e o controle das ilhas de
Creta e Chipre. Na mesma altura, para se defender da cobiça dos senhores
de Milão, os venezianos voltaram ao continente, onde asseguraram o
controle de cidades como Verona, Dine, Bréscia e Bérgamo, assegurando
desta forma o domínio do Adriático.
Decadência
As
invasões otomanas, iniciadas em meados do século XV, foram um dos
fatores decisivos para que entrasse em declínio. Veneza via-se
confrontada com ataques externos e de outros estados italianos, e com a
perda de poder econômico na sequência da descoberta da via marítima para
as Índias através do cabo da Boa Esperança por Vasco da Gama entre 1497
e 1498.
Veneza viu-se obrigada a sustentar uma luta esgotante
contra os otomanos. Veneza sofreu uma importante derrota naval contra os
otomanos em Chipre (1500). Mais tarde, na batalha de Lepanto as galeras
venezianas foram fortemente castigadas, o que reduziu o poderio naval
da cidade.
Em 1508, o Sacro Império Romano-Germânico, o Papa e a
Espanha conjugaram esforços contra Veneza na Liga de Cambrai, e
dividiram o território entre si. Veneza retomou os seus domínios
italianos através de negociações. No entanto, nunca mais conseguiu
retomar a sua pujança política, embora continuasse a ser um ponto de
referência no panorama internacional.
A República de Veneza em 1796.
Ao
fim do século XVIII, a República foi invadida por Napoleão Bonaparte.
Por volta de 1796, a República de Veneza já não podia mais se defender,
já que sua frota de guerra contava somente com 4 galés e 7 galiots.
Em
1797, com sua força militar já abalada, a cidade foi conquistada por
Napoleão. Com a assinatura do tratado de Campofórmio, dividiu-se o seu
território entre França e Império Habsburgo. As tropas francesas
ocupavam o território veneziano acima do rio Ádige. Vicenza, Cadore e
Friul eram mantidas pelos austríacos.
Em 1866, depois da Guerra
das Sete Semanas, Veneza foi incorporada à Itália. Com o chegar do
século XX Veneza industrializa-se ao mesmo tempo em que ganha reputação
como destino turístico, descobrindo uma vocação até então desconhecida.
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HOJE: PATRIMÔNIO EM RISCO
O centro histórico de Veneza ocupa hoje uma área de aproximadamente
7,6 km2 e é formado por 118 ilhas muito próximas, recortadas por 170
canais e 430 pontes. Devido aos crescentes custos de moradia, inundações frequentes e
envelhecimento da população, o número de moradores caiu pela metade nos
últimos 40 anos - são 62 mil, atualmente. Se continuar nesse ritmo,
especialistas estimam que até 2030 Veneza seja uma cidade ocupada
exclusivamente por turistas - 50 mil visitam a cidade diariamente.
Veneza tem 409 pontes. A do Rialto, inaugurada em 1591, foi a
primeira a transpor o canale grande, que cruza a cidade inteira, e
atinge até 106 metros entre uma margem e outra. Atualmente, é proibido
construir novas pontes e edificações no centro histórico, para preservar
a antiga estrutura da cidade
Embora hoje seja possível cruzar a cidade a pé - carros,
bicicletas, skates e afins são proibidos -, os venezianos ainda dependem
muito das embarcações como meio de transporte. Além das tradicionais
gôndolas, circulam pelos canais barcos particulares a motor ou a remo e o
vaporetto, uma espécie de ônibus aquático.
Enchentes são comuns na cidade, principalmente nos últimos cem
anos, em que a cidade afundou quase 23 centímetros: 7,5 cm em função da
elevação do nível das águas e mais de 15 cm em razão da compressão
natural do solo somada à exploração de poços artesianos. Quando a maré
sobe mais de 80 cm, locais mais baixos, como a praça San Marco, alagam.
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Atrações Turisticas:
Rialto
A Ponte di Rialto é de uma beleza extrema, e, assim como a Ponte
Vecchio em Florença, funciona não somente como um meio para cruzar o
Grande Canal, mas também como uma espécie de shopping center, pois é
repleta de lojas. Esta ponte, que é um dos principais pontos turísticos
de Veneza, é a mais velha cruzando o Grande Canal, uma jóia da
arquitetura, construída originalmente em madeira, por volta do século
XII. Após vários colapsos, a ponte foi reconstruída em pedra em 1591, em
um estilo parecido com a original.
Gueto Judáico
Um dos melhores passeios de Veneza, o Gueto Judaico é uma área de
charme único, além de ser considerado o point da noite de Veneza. A área é repleta de prédios de
importância histórica para os judeus que vivem lá desde os tempos da
República, e lá você encontrará restaurantes e lanchonetes servindo
comidas e doces típicos judaicos. O ponto central do gueto é a praça
Ghetto Nuovo, onde, durante a tarde, independente do dia, crianças e
suas famílias brincam, enquanto os adultos degustam uma bebida no
bar-restaurante. O Guetto de Veneza (em italiano: Ghetto) era uma zona de Veneza no bairro ("sestiere") de Cannaregio.
O nome "Ghetto" é uma deformação do veneziano "getto" que significa
"fundição", já que o bairro foi construído no lugar de uma antiga fundição. A residência neste bairro foi imposta e reservada aos judeus na época da República de Veneza.
O bairro foi crescenteo, juntando-se o Ghetto Novo (1516) ao Ghetto
Vecchio original e, em 1633, o Ghetto Novissimo. É neste bairro que se
encontram os prédios mais altos de Veneza. De facto, devido à
impossibilidade de construir novas habitações no meio dos quarteirões
limitados e fechados, os edifícios tiveram de ser construídos em altura. O Ghetto, depois de ter sido sempre um dos bairros mais modestos de Veneza, foi reabilitado no final do século XX.
Piazza San Marco
A praça de São Marcos, possivelmente a mais famosa do mundo, é de uma
magnificência incomparável. A paisagem da praça é
dominada por monumentos diferentes, como a Basílica de São Marco, a
Campanile (torre que abriga os sinos da basílica), o Palazzo Ducale e a
Torre do Relógio. Outro elemento que não passará despercebido
são os majestosos prédios que cercam a praça, conhecidos como
Procuratie, construídos originalmente para abrigar os escritórios do
procurador da cidade. O que se vê lá hoje são lojas caríssimas e
restaurantes, como o Café Florian, o mais famoso café de Veneza.
Outro ponto turístico localizado na área da praça é a Torre do
Relógio (Torre dell’Orologio), um lindíssimo prédio do século XV que
abriga um dos maiores relógios astronômicos do mundo.
Dica: Adjacente à Piazza San Marco fica a Piazzale San Marco, uma
praça de menor porte que oferece ótima vista das ilhas localizadas do
outro lado da lagoa. Ao caminhar pelas margens da lagoa, tendo o Palazzo
Ducale (sobre o qual iremos falar a seguir) nas suas costas, você
chegará ao Hotel Monaco Gran Canal, que tem um bar/restaurante com uma
área externa, às margens da lagoa. É um ótimo lugar onde relaxar e
aproveitar uma bebida longe do tumulto da praça, enquanto se contempla a
vista estupenda da Chiesa della Salute, logo à frente, do outro lado da
água.
A piza foi iniciada no século IX como área pequena frente à Basílica de São Marcos original. Foi estendida para a sua forma e tamanho atuais em 1177, quando o Rio Batario, que a limitava a oeste, e um porto que tinha isolado o Palácio Ducal da praça, foram aterrados. A reestruturação foi realizada para o encontro do Papa Alexandre III com o Imperador Frederico Barba-Roxa.
A praça tem sido sempre o centro de Veneza. Foi o local onde se deram todos os importantes eventos da história da República de Veneza, e é a base do arcebispado desde o século XIX. Foi o foco de muitos festivais e é um lugar imensamente popular na Itália.
Foi pavimentada em finais do século XIII
com ladrilhos em padrão em espinha, com linhas que permitiam organizar o
mercado e as muito frequentes procissões cerimoniais. Em 1723
os ladrilhos foram substituídos por um desenho geométrico mais
complexo, composto por pedra vulcânica escura com padrões geométricos em
pedra branca, a cargo do arquiteto veneziano Andrea Tirali, e esta oportunidade foi aproveitada para levantar a praça em aproximadamente um metro.
Em 1890 o pavimento renovou-se devido ao desgaste seguindo um desenho similar ao de Tirali, mas eliminou-se as ovais e cortou-se a esquina ocidental para acomodar melhor a Ala Napoleónica no final da praça.
Basílica de San Marco
Construída no ano de 1063, esta igreja é uma verdadeira jóia da
arquitetura bizantina, e domina a paisagem da praça San Marco. Os
detalhes dourados do prédio, tanto no seu exterior quanto no interior,
são de tirar o fôlego e reluzem ao sol, bem como todo o mármore usado na
construção e as belíssimas cúpulas azuis. É lá que ficam guardados os
restos mortais de São Marcos, o Evangelista.
A primeira igreja construída no local foi um edifício temporário no Palácio dos Doges, construído em 828, quando mercadores venezianos adquiriram de Alexandria as supostas relíquias de São Marcos Evangelista. Em 832, um novo edifício foi erguido, no local da atual basílica; esta igreja foi incendiada durante uma rebelião em 976, reconstruída em 978 e, mais uma vez, em 1063, no que viria a ser a base do atual edifício.
A igreja apresenta uma planta em cruz grega, baseada nos exemplos de Basílica de Santa Sofia e da Basílica dos Apóstolos, ambas em Constantinopla. Possui um coro elevado acima de uma cripta. A planta do interior consiste em três naves longitudinais e três transversais. Um baldaquino cobre o altar principal, com colunas decoradas com relevos do século XI. O retábulo é a famosa Pala d´Oro - um trabalho em metal bizantino de 1105. Atrás do altar principal há um segundo altar com colunas de alabastro. Os cercados do coro, acima dos quais há três relevos de Sansovino, apresentam obra de marchetaria de Fra Sebastiano Schiavone. Os dois púlpitos de mármore da nave são decorados com estatuetas dos irmãos Massegne (1394).
A basílica foi consagrada em 1094, no mesmo ano em que o corpo de São Marcos foi supostamente reencontrado num pilar pelo Doge Vitale Falier. A cripta passou então a abrigar as relíquias até 1811. O edifício também possui uma torre baixa, que alguns pensam ter integrado o Palácio dos Doges original.
Dica: a
entrada é grátis!Apesar de sempre haver filas grandes na entrada, a espera nunca é
muito longa, e, com certeza, você não se arrependerá se tiver que ficar
lá por alguns minutos. Saiba que a entrada de turistas carregando bolsas
grandes, como mochilas ou malas, é proibida, e você terá que deixar os
seus pertences no Ateneo San Basso, localizado próximo da basílica e
para o qual o caminho está sinalizado logo na entrada. Lembre-se também
que não é possível entrar se você tiver os ombros à mostra, ou usando
shorts ou saias curtas, por questões de respeito ao lugar sagrado.
Os detalhes dourados dos afrescos que estão por todos os lados, do
teto às paredes, além do altar, são de tirar o fôlego. Indo na direção
do altar, você encontrará outro ponto interessante a ser visto dentro da
igreja, a Pala D’Ouro, que é uma peça que tem cerca de dois metros de
comprimento (para ter acesso a esta parte da igreja é necessário pagar 2
euros), toda feita de ouro e pedras preciosas, considerada uma das mais
refinadas obras de arte bizantina em existentes.
O Museu de São Marcos, que fica no nível
superior da basílica (entrada EUR 4,00). Além de ter diversas peças de
arte religiosa, o museu oferece vistas ótimas da nave da igreja, bem
como da praça de São Marcos, a partir do pequeno terraço localizado do
lado de fora.
Campanile (Torre Veneziana)
A torre tem 98,6 m de altura e fica num canto da praça, perto da entrada
da basílica. As suas formas são simples, e o seu corpo principal é uma
coluna de tijolos,
de 12 m de lado e 50 m de altura, sobre a qual assenta o campanário com
arcos, que aloja cinco sinos. O campanário tem no topo um cubo, em
cujas faces estão representados leões (o símbolo do Evangelista São Marcos) e a representação feminina de Veneza (la Giustizia: a Justiça). A torre é coroada por uma agulha piramidal, no extremo da qual se encontra um cata-vento dourado com a figura do Arcanjo Gabriel. O campanário, de cuja construção inicial do século IX nada resta hoje, tem a forma atual desde 1514. A torre que se observa hoje é uma reconstrução, que foi terminada em 1912 depois do colapso ocorrido em 1902.
Nos dias de hoje |
Colapso de 14 de julho de 1902 |
A construção foi iniciada no século IX durante o dogado de Pietro Tribuno sobre fundações de origem romana. Foi terminada no século XII durante o dogado de Domenico Morosini. Seriamente danificado por um relâmpago em 1489 que destruiu a cúspide de madeira, assume o aspeto definitivo no século XVI graças aos trabalhos de reconstrução para reparar os danos causados pelo sismo de março de 1511. Estes trabalhos iniciados pelo arquiteto Giorgio Spavento foram depois executados sob a direção do arquiteto bergamesco Bartolomeo Bon.
Nos séculos que se seguiram houve muitas intervenções, muitas vezes para reparar estragos provocados por raios. Em 1653 foi Baldasarre Longhena que continuou a restauração. Outros se lhe seguiram depois de em 13 de abril de 1745 um raio provocar uma grande fenda. Finalmente, em 1776, o campanário foi dotado de um pára-raios. Em 1820 substituiu-se a estátua do anjo por uma nova, feita por Luigi Zandomeneghi.
Em julho de 1902,
sobre a parede norte da construção, foi descoberta uma perigosa fenda
que nos dias seguintes aumentou de tal modo que na manhã de
segunda-feira 14 de julho
às 9:47 o campanário se desmoronou. Não houve vítimas e, dada a posição
da torre, os danos foram limitados em extensão. Durante a tarde o
conselho comunal, reunido de urgência, decidiu a reconstrução com
500 000 liras para contribuir para os trabalhos. O sindicalista Filippo Grimani durante o discurso na ocasião da colocação da primeira pedra, em 25 de abril de 1903, pronunciou a famosa frase dov'era e com'era (onde estava e como era) que se converteu no lema da reconstrução. Os trabalhos duraram até 6 de março de 1912. O novo campanário foi inaugurado em 25 de abril de 1912 por ocasião da festa de São Marcos.
Palazzo Ducale
O Palácio Ducal é um símbolo da cidade de Veneza e uma obra-prima do gótico veneziano. O palácio actual foi construído entre 1309 e 1424. Giovanni Bon e Bartolomeo Bon criaram a chamada Porta della Carta, um monumental portão em estilo gótico tardio na Piazzetta, ao lado do palácio. Passou por varias reconstruções após incêndios. O Palácio Ducal desenvolve-se em três alas em torno dum amplo pátio central arcado, sendo o quarto lado constituído pelo corpo lateral da Basílica de São Marcos, antiga capela palatina.
O Palácio foi a residência do Doge de Veneza
e serviu como casa do senado, centro administrativo, salão da justiça, arquivo público e prisão até a queda da República de Veneza em 1797 e é hoje sede do Museo di Palazzo Ducale e faz parte da Fondazione Musei Civici di Venezia.
O primeiro andar foi ocupado por escritórios de advocacia, a Chancelaria, os Censores e o Escritório Naval. No segundo andar estavam a Grande Câmara do Conselho, a Câmara de Votação e os apartamentos do Doge. O terceiro piso apresenta a Sala del Collegio, adornada com pinturas, incluindo as de vários Doges e a do Lepanto, de Paolo Veronese, onde os embaixadores estrangeiros eram recebidos. Há salas usadas por corpos governamentais e também uma Câmara Bussola, onde os cidadãos podiam submeter as suas reclamações.
O primeiro andar foi ocupado por escritórios de advocacia, a Chancelaria, os Censores e o Escritório Naval. No segundo andar estavam a Grande Câmara do Conselho, a Câmara de Votação e os apartamentos do Doge. O terceiro piso apresenta a Sala del Collegio, adornada com pinturas, incluindo as de vários Doges e a do Lepanto, de Paolo Veronese, onde os embaixadores estrangeiros eram recebidos. Há salas usadas por corpos governamentais e também uma Câmara Bussola, onde os cidadãos podiam submeter as suas reclamações.
Talvez a sala mais espetacular seja a Câmara do Grande Conselho (Sala del Maggior Consiglio), originalmente a sala de reuniões da legislatura. A sala é ladeada por pinturas de antigos Doges e o enorme "Paraíso" de Tintoretto, considerada a maior pintura do mundo em tela.
Outra grande sala é a Sala dello Scrutinio, com outras pinturas de Doges e o quadro Batalha de Lepanto, de Andrea Vicentino. Na parte traseira do palácio está a Ponte dos Suspiros, anexa à prisão.
Além disso, podemos observar no Palácio a "Escada de Ouro", projectada por Jacopo Sansovino, um famoso arquitecto e escultor do Renascimento Italiano.
Vista da Porta della Carta. |
Entrada monumental do palácio, deve o seu nome ao uso na afixação de
novas leis e decretos ou à presença no lugar de escrivães públicos ou
ainda ao facto de se encontrar nas proximidades dos arquivos dos
documentos estatais.Foi construída em estilo gótico florido por Giovanni e Bartolomeo Bon: na arquitrave
lê-se, de facto, a inscrição OPVS BARTHOLOMEI (obra de Bartolomeo).
Riquíssimo o aparato escultórico e decorativo, nas origens pintado e
dourado.
-Pozzi e Piombi
As prisões subterrâneas do palácio, colovadas abaixo do nível da água
e, por esse motivo, extremamente húmidas e insalubres, destinadas aos
prisioneiros de condição inferior, encerrados em celas escuras e
estreitas, tomavam o inequívoco nome de Pozzi (poços). Uma lenda
narra que, em tempos, aos condenados à morte era dada a possibilidade,
como última possibilidade de escapar, de tentar o giro da coluna. De
facto, uma das colunas do palácio é ligeiramente reentrante. A tentativa
consistia em girar em volta da coluna, pela parte exterior, sem
escorregar, mas quase nenhum conseguia completar a operação.
Por outro lado, sob o telhado do palácio e das suas coberturas estavam os Piombi (chumbos), que deviam o seu nome à cobertura do tecto: aqui encontravam lugar os prisioneiros mais particulares,
nobres, ricos, religiosos, que eram, assim, relegados para um ambiente
que, embora duro, resultava menos insalubre que os infernais Pozzi.
Estes prisioneiros podiam até mesmo, a expensas próprias, providenciar a
dotação das suas celas com pequenos alívios, mobília e boa comida. Todas estas prisões estava, directamente ligadas aos tribunais presentes no palácio.
Grande Canal
O Grande Canal é a “aorta” de Veneza, por onde flui a vida da cidade
em todos os aspectos. Além de ser a maior via de navegação através da
cidade, o canal tem às suas margens alguns dos prédios mais importantes,
que, juntamente com a água, formam uma paisagem estupenda. Nos tempos
áureos da cidade, as famílias mais importantes competiam para construir
os mais belos palácios às margens do Grande Canal, e, se sua família
fosse realmente poderosa, a única forma de demonstrar isto era
construindo um palácio no canal. O transporte público é promovido por meio dos vaporetti e táxis aquáticos. Cortando a maior parte da cidade, tem seu "início" na laguna perto da estação de trens, fazendo uma curva em forma de grande "S" pelos distritos centrais, os sestieri, e termina junto à Basílica de Santa Maria della Salute, próximo à Piazza San Marco. Tem uma profundidade média de cinco metros.
*As quatro pontes: Ponte da Academia, Ponte de Rialto (a mais famosa), Ponte dos Descalços e Ponte da Constituição (projetada por Santiago Calatrava).
*Palácios: Palazzi Barbaro, Ca' Rezzonico, Ca'd'Oro, Palazzo Dario, Ca' Foscari, Palazzo Barbarigo e o Palazzo Venier dei Leoni, que abriga a Coleção Peggy Guggenheim.
*Igrejas ao longo do Canal incluem a Basílica de Santa Maria della Salute e a Igreja do Redentor.
*As quatro pontes: Ponte da Academia, Ponte de Rialto (a mais famosa), Ponte dos Descalços e Ponte da Constituição (projetada por Santiago Calatrava).
*Palácios: Palazzi Barbaro, Ca' Rezzonico, Ca'd'Oro, Palazzo Dario, Ca' Foscari, Palazzo Barbarigo e o Palazzo Venier dei Leoni, que abriga a Coleção Peggy Guggenheim.
*Igrejas ao longo do Canal incluem a Basílica de Santa Maria della Salute e a Igreja do Redentor.
Murano
Murano, embora descrita como uma ilha da lagoa de Veneza, é de facto um arquipélago de sete ilhas menores, das quais duas são artificiais (Sacca Serenella e Sacca San Mattia), unidas por pontes entre si. Tem aproximadamente 5500 habitantes e fica a somente 1 km de Veneza. Murano é um local famoso pelas obras em vidro, particularmente candeeiros.
Cemitério (San Michele)
A apenas 20 minutos de barco de Veneza, a ilha de San Michele abriga o
famoso cemitério da cidade, uma das principais atrações turísticas de
Veneza. O Cimitero é simplesmente lindo, e tem muros enormes e
uma belíssima igreja que pode ser avistada de longe. De tão organizado,
florido, colorido, e com sua arquitetura maravilhosa, o cemitério por
vezes acaba deixando de parecer o que é… Lá ficam as mais espetaculares
catacumbas em que as famílias dos venezianos mais importantes e ricos
estão enterrados. San Michele tem um ar de jardim encantado, não de
cemitério onde estão enterradas milhares de pessoas, algumas delas
famosas, como o compositor Stravinsky. Tem-se a impressão de que, na
tentativa de celebrar a vida daqueles que já se foram, os venezianos
acabaram celebrando a beleza da sua cidade e o seu amor pela vida, como
fizeram através da construção de outras jóias da arquitetura espalhadas
por Veneza.
Museu Correr
O Museu Correr é um dos mais importantes de Veneza, situado na majestosa Praça de São Marcos, é um dos 11 museus dirigidos pela Fondazione Musei Civici di Venezia. O Correr se estende ao longo do lado sul da praça nos andares superiores do Nuove Procuratorie. Com suas coleções ricas e variadas, o Museu Correr foca na arte e na história de Veneza. O Correr originou-se com a coleção doada à cidade de Veneza em 1830 por Teodoro Correr. Membro de uma família tradicional de Veneza, Correr era um magnata e um obstinado colecionador, dedicando a maior parte de sua vida à aquisição de obras de arte ou documentos e objetos que traziam a história de Veneza. Após a sua morte, toda sua coleção foi doada para a cidade, juntamente com majestoso palácio da família. O nobre também deixou os fundos municipais para serem usados na conservação e ampliação das coleções que seriam disponibilizadas para o público.
Museu Correr
O Museu Correr é um dos mais importantes de Veneza, situado na majestosa Praça de São Marcos, é um dos 11 museus dirigidos pela Fondazione Musei Civici di Venezia. O Correr se estende ao longo do lado sul da praça nos andares superiores do Nuove Procuratorie. Com suas coleções ricas e variadas, o Museu Correr foca na arte e na história de Veneza. O Correr originou-se com a coleção doada à cidade de Veneza em 1830 por Teodoro Correr. Membro de uma família tradicional de Veneza, Correr era um magnata e um obstinado colecionador, dedicando a maior parte de sua vida à aquisição de obras de arte ou documentos e objetos que traziam a história de Veneza. Após a sua morte, toda sua coleção foi doada para a cidade, juntamente com majestoso palácio da família. O nobre também deixou os fundos municipais para serem usados na conservação e ampliação das coleções que seriam disponibilizadas para o público.
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